O estudo técnico do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela do IR (Imposto de Renda), em virtude do fim da correção da tabela do imposto em 2011, é citado nas edições desta quinta-feira (18/11) do Valor Econômico e do Jornal de Brasília.
Na matéria intitulada “Fazenda terá de fixar novo índice para corrigir tabela do IR”, a jornalista Luciana Otoni, do Valor, chama a atenção sobre a fixação do novo índice a ser definido pelo Ministério da Fazenda. “O Ministério da Fazenda terá que definir até o fim do ano o percentual de reajuste da tabela progressiva do Imposto de Renda da pessoa física referente ao ano-calendário 2011, exercício 2012. Desde 2007, os valores são corrigidos em 4,5% ao ano, sem que haja uma definição para o próximo ano”.
“O diretor de estudos do Sindifisco, Luiz Benedito, diz que o governo até pode deixar para anunciar a decisão em janeiro, mas avalia que isso provocaria problemas operacionais, porque as fontes pagadoras não teriam tempo hábil para preparar os sistemas a tempo de iniciar os descontos logo no primeiro mês do próximo ano”, ressalta o texto.
Ainda segundo a matéria, “devido a essa diferença, o Sindifisco defende que o reajuste da tabela do IR da pessoa física para o ano-calendário de 2011 seja superior a 4,5%. Nos anos anteriores, o governo definiu esse percentual considerando o centro da meta de inflação anual, fixada em 4,5%. A avaliação dos auditores é que, mesmo com a correção, a inflação nos últimos quatro anos ultrapassou o centro da meta e há diferenças a serem compensadas”.
O Jornal de Brasília, no texto “Fim de ajuste do IR”, lembra que a correção da tabela do Imposto de Renda será discutida pela equipe de transição da Presidência da República e tem como apelo a formação de uma agenda positiva para a presidente eleita Dilma Rousseff.
“O Ministério da Fazenda espera pressão para que a correção seja prorrogada, pois, mesmo diante de uma reposição entre 2007 e 2010, a defasagem da tabela ainda está em 64,1% frente a 1995, segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Essa defasagem faz com que o contribuinte pague até 800% a mais de imposto do que pagaria caso a tabela tivesse sido integralmente corrigida desde 1995. E, se a tabela não for corrigida em 2011, o IR a pagar será maior”, ressalta o veículo.
Na matéria, o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, Luiz Benedito, responde ao questionamento de contribuintes no que se refere às dificuldades burocráticas para manter em dia as informações fiscais junto à Receita depois de cair na malha fina.
Fonte: SindiFisco