CNI critica discussão sobre CPMF e pede redução de impostos

SÃO PAULO – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou na última sexta-feira ser contrário à recriação da CPMF. “Temos de nos mobilizar. Somos contra. Os governadores têm de encontrar outra solução. Não é possível elevar mais a carga tributária da sociedade”, disse, ao se referir a 14 dos 27 governadores eleitos, que apoiam a volta do tributo.

Segundo Andrade, a CPMF é um imposto de má qualidade e incide de forma cumulativa na cadeia produtiva, o que não é conhecido pela população. “Há produtos que terão impacto de até 8% no aumento de custo. Isso quem paga não é a indústria ou o empresário, é a sociedade”, disse. Para ele, os cidadãos vão pagar o imposto de “forma dissimulada, pois não conhecem quanto estão pagando”. Ele destacou que o “País hoje clama por transparência”, o que deve incluir assuntos de ordem tributária.

A CPMF é alvo até de governadores. Segundo Beto Richa, eleito para governar o Paraná, o governo federal é o “primo rico” da Federação porque fica com a maior parte do bolo tributário do Brasil. Em entrevista exclusiva ao DCI, Richa criticou a ideia de recriação da CPMF, o imposto do cheque extinto no final de 2007 em uma vitória histórica da oposição no Senado.

Richa prefere que a criação de uma contribuição seja tratada dentro de uma reforma tributária mais ampla.

“Temos de discutir. Ver as questões, os pactos federativos, a redistribuição de forma mais justa desse bolo tributário, onde os municípios e estados são muito penalizados e o primo rico é só o governo federal, que fica com parte considerável dessa arrecadação”, afirmou.

Para Richa, se o governo tentar recriar o tributo terá de enfrentar forte resistência: “A sociedade brasileira não suporta mais impostos e contribuições”.

Nos estados, a arrecadação de ICMS este ano deve superar até o fim deste mês o total de 2009. De acordo com o Confaz, que reúne os secretários estaduais da Fazenda, o recolhimento de ICMS de janeiro a agosto foi de R$ 169,992 bilhões, R$ 60 bilhões a menos que no ano passado. A média mensal de arrecadação este ano está em R$ 20 bilhões. Se este ritmo for mantido, o crescimento será de 9%. Especialistas afirmam que em 2011 o ritmo deve cair, também por conta da guerra fiscal entre os estados.

http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=6&id_noticia=349340

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CNI critica discussão sobre CPMF e pede redução de impostos

SÃO PAULO – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou na última sexta-feira ser contrário à recriação da CPMF. “Temos de nos mobilizar. Somos contra. Os governadores têm de encontrar outra solução. Não é possível elevar mais a carga tributária da sociedade”, disse, ao se referir a 14 dos 27 governadores eleitos, que apoiam a volta do tributo.

Segundo Andrade, a CPMF é um imposto de má qualidade e incide de forma cumulativa na cadeia produtiva, o que não é conhecido pela população. “Há produtos que terão impacto de até 8% no aumento de custo. Isso quem paga não é a indústria ou o empresário, é a sociedade”, disse. Para ele, os cidadãos vão pagar o imposto de “forma dissimulada, pois não conhecem quanto estão pagando”. Ele destacou que o “País hoje clama por transparência”, o que deve incluir assuntos de ordem tributária.

A CPMF é alvo até de governadores. Segundo Beto Richa, eleito para governar o Paraná, o governo federal é o “primo rico” da Federação porque fica com a maior parte do bolo tributário do Brasil. Em entrevista exclusiva ao DCI, Richa criticou a ideia de recriação da CPMF, o imposto do cheque extinto no final de 2007 em uma vitória histórica da oposição no Senado.

Richa prefere que a criação de uma contribuição seja tratada dentro de uma reforma tributária mais ampla.

“Temos de discutir. Ver as questões, os pactos federativos, a redistribuição de forma mais justa desse bolo tributário, onde os municípios e estados são muito penalizados e o primo rico é só o governo federal, que fica com parte considerável dessa arrecadação”, afirmou.

Para Richa, se o governo tentar recriar o tributo terá de enfrentar forte resistência: “A sociedade brasileira não suporta mais impostos e contribuições”.

Nos estados, a arrecadação de ICMS este ano deve superar até o fim deste mês o total de 2009. De acordo com o Confaz, que reúne os secretários estaduais da Fazenda, o recolhimento de ICMS de janeiro a agosto foi de R$ 169,992 bilhões, R$ 60 bilhões a menos que no ano passado. A média mensal de arrecadação este ano está em R$ 20 bilhões. Se este ritmo for mantido, o crescimento será de 9%. Especialistas afirmam que em 2011 o ritmo deve cair, também por conta da guerra fiscal entre os estados.

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