A implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) chama a atenção para um problema crônico enfrentado pelo Brasil não apenas na área tributária, mas também em outros setores: a falta de recursos humanos qualificado.
No que diz respeito às obrigações acessórias, o problema se manifesta pra muitas empresas que terão que transmitir a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS/Cofins.
“Sem a preparação imediata dos profissionais das empresas contábeis, dificilmente elas conseguir atender o prazo: 1º de janeiro de 2012”, alerta o professor Roberto Dias Duarte, diretor acadêmico e cofundador da Escola de Negócios Contábeis (ENC).
A expectativa se deve ao que o professor considera “a maior transformação da história da contabilidade nacional”, em decorrência da implantação do SPED, principalmente no que se refere ao serviço prestado para as empresas do regime tributário do Lucro Presumido.
“Quem atende esse segmento, que corresponde à boa parte das pessoas jurídicas brasileiras, precisa iniciar o processo de capacitação de seus profissionais já neste primeiro semestre”, alerta Duarte.
O SPED é composto pela Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Fiscal Digital do ICMS/IPI (EFD-ICMS/IPI), Escrituração Fiscal Digital das Contribuições PIS/Cofins (EFD-PIS/Cofins), Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur), Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) e outros.
Para se ter idéia da abrangência desse projeto, além dos atuais 600 mil contribuintes que emitem a NF-e, em janeiro do próximo ano aproximadamente de 2 milhões de empresas serão incluídas na obrigatoriedade de aderir à ECD, seja através dos livros de ICMS/IPI ou PIS/Cofins.
De acordo com o professor, após analisar a situação e a urgência do problema que se avizinha, a Escola de Negócios Contábeis desenvolveu duas frentes de atuação.
Uma delas é a Academia SPED, com foco na atualização de profissionais da área contábil para atuarem, de forma prática, em projetos de ECD, EFD do ICMS/IPI e EFD do PIS/Cofins.
A outra frente é a Academia NF-e, centrada na atualização de profissionais da área contábil na prevenção de fraudes decorrentes da emissão dos documentos fiscais digitais.
“O projeto pedagógico das suas programações tem como base tecnologias de ensino a distância complementada com seminários presenciais, e podem ser cursados por contabilistas em todo o Brasil”, conclui o professor.
sexta-feira, 6 de maio de 2011, 15h16