O governo federal está investindo R$ 20 milhões na realização de testes do sistema Brasil-ID, baseado na tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID), que pretende adotar em nível nacional para fiscalização do transporte de mercadorias.
Trata-se de um sistema de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias, que utiliza um conjunto de soluções tecnológicas padronizadas para reduzir os riscos associados à fabricação e à logística de transporte de mercadorias que circulam pelo País.
Nesse sentido, o Brasil-ID incorpora os conceitos dos Documentos Fiscais Eletrônicos, como a Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e o Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (MDF-e).
O projeto é coordenado pelo Encontro Nacional dos Administradores Tributários (Encat) e pelo Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun. Mas tem a participação das Secretarias de Fazenda dos Estados e de outras instituições de pesquisa e desenvolvimento, bem como o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Finep.
Os pilotos serão conduzidos através de corredores que passam por 16 Estados, com a participação de dezenas de empresas da cadeia logística e de alguns que dos segmentos mercantis.
Com a estruturação de serviços de rastreamento e verificação de autenticidade de mercadorias é possível promover a segurança e a otimização do comércio e circulação em cada um desses Estados.
O objetivo do governo é oferecer às empresas e aos consumidores uma ferramenta para a segurança do transporte de mercadorias, que diminua o risco e, portanto, o custo final no mercado.
As vantagens são a agilidade na fiscalização de cargas, inclusive as lacradas, a leitura automática da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e das notas fiscais na indústria e em toda a cadeia de distribuição.
As informações gravadas ao longo do ciclo de vida do produto ficam disponíveis para consulta a qualquer hora e de qualquer lugar, através de dispositivos de comunicação sem-fio.
Os dispositivos móveis podem ser usados em postos fiscais, pelas empresas de transporte, distribuidores, indústria e até pelo consumidor final.
O histórico dos eventos de passagem fica gravado no próprio produto, de forma segura, a cada elo da cadeia de suprimentos. Através do sistema de gerenciamento central é possível saber em tempo real as suas rotas, as possíveis tentativas de fraude, os desvios (roubo ou furto), o tempo de trajeto, os custos associados, o monitoramento e as transações.
Fonte: TI Inside