terça-feira, 2 de março de 2010
Faturamento aumentou em 45% das empresas e 47% das indústrias
Nem a crise econômica tirou da carga tributária e da burocracia para conseguir crédito o título de maior obstáculo ao crescimento das micro e pequenas empresas. De acordo com pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), 58% das empresas da indústria e 56% das que atuam em comércio e serviços foram afetadas pela crise.
Apesar da turbulência econômica, 47,4% das indústrias e 45,4% das empresas de comércio e serviços conseguiram aumentar o faturamento. O resultado seria melhor sem a crise, mas os empresários apontam outros vilões, como a dificuldade em obter capital de giro e os altos custos para manter a empresa, incluindo a carga tributária.
Mesmo em cenário de crise, 75% das empresas fizeram investimentos no ano passado. É o caso da proprietária do Pizza Sur, Beatriz Machado. Em 2009, a empresa abriu uma nova unidade, aumentou em 15% o faturamento dos dois restaurantes já existentes e conseguiu driblar a crise. Mas não escapou dos outros problemas.
“A carga tributária é muito alta e não vemos resultado”, diz a empresária. Ela acrescenta ainda outro problema que não foi apontado pela pesquisa: a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. “Optamos por contratar sem experiência e treinar”, diz.
Otimismo. As micro e pequenas empresas mineiras estão otimistas para 2010. Os entrevistados disseram que devem aumentar o faturamento, mantendo os preços dos produtos e serviços estáveis. A alta viria do maior número de pessoas consumindo, em função do bom momento econômico.
O levantamento mostra que o empresariado acredita em um horizonte favorável também para 2011. A esperança é que o presidente eleito este ano conceda benefícios tributários e facilite a obtenção de crédito para investimento e capital de giro.
http://contabilidadenatv.blogspot.com/2010/03/impostos-e-burocracia-sao-piores-que.html