A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vai “comprar a briga” pela desoneração fiscal da produção de alimentos.
Agência Estado – 15/7/2009 – 22h20
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vai “comprar a briga” pela desoneração fiscal da produção de alimentos, disse ontem seu presidente, Paulo Skaf, após sair de reunião com empresários integrantes do Conselho Superior Estratégico da entidade. Pouco dependente de exportações e de crédito, e sustentado pelo mercado interno, o setor é o menos afetado pela crise.
Skaf não quis entrar em detalhes sobre como será essa “briga”, mas revelou que a entidade encomendou estudo comparando a carga tributária sobre o setor no Brasil e no resto do mundo. ” Os impostos sobre alimentos aqui são maiores que em outros países”, afirmou, sem revelar quando o documento será apresentado.
Urgência – Skaf foi evasivo a respeito de outros setores para os quais a desoneração seria mais urgente e, por isso, poderiam pleitear a redução da carga tributária, como ocorreu com construção civil e bens de capital. Ele reiterou que os incentivos fiscais dados pelo governo foram bem-vindos, embora tenham atingido apenas alguns setores, como automóveis, eletrodomésticos da linha branca e construção civil.
Recentemente, o governo federal sinalizou que não pretende ampliar seu programa de desonerações. A Fiesp também fará estudo comparativo com outros países a respeito da carga tributária sobre energia elétrica, segundo Skaf.
Comentando os dados que mostraram nova queda do emprego na indústria paulista, o presidente da Fiesp lamentou o resultado e disse que a melhora de expectativas dos empresários verificada nas últimas semanas é mínima. “Em abril, eu diria que a indústria parou de piorar e a partir daí houve uma melhora, mas é quase nenhuma”, afirmou.
De acordo com a pesquisa Sensor, da Fiesp, divulgada ontem, melhorou a expectativa dos empresários com a economia na primeira quinzena de julho, com o índice de confiança chegando a 54,6 pontos ante 52,4 pontos na segunda quinzena de junho. É o melhor resultado do Sensor desde setembro, quando estava em 54,8 pontos. O desemprego no setor continua em alta.