Secretário da Receita diz que seu futuro no cargo “a Deus pertence”

“O futuro a Deus pertence”, disse o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, sobre sua permanência no governo após os escândalos de quebra de sigilo na Receita. Ele, que inaugurou nesta sexta-feira (12) no Rio de Janeiro a primeira Delegacia Especial de Maiores Contribuintes (Demac) do país, evitou responder se a imagem do órgão foi arranhada, resumindo-se a comentar: “O momento eleitoral provocou essa onda midiática”.

O secretário argumentou que uma nova portaria publicada esta semana no “Diário Oficial” intensifica os mecanismos de defesa da Receita. Após sofrer críticas a respeito das regras de acesso a dados sigilosos de contribuintes, o órgão passou a impedir, a partir desta semana, que estagiários e servidores que estejam fazendo curso acadêmico tenham acesso a informações protegidas. Entretanto, a prerrogativa continua sendo permitida a funcionários do Serpro cedidos à Receita.

Entenda o caso
Uma servidora do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) lotada na agência da Receita Federal em Mauá (SP), Adeildda Ferreira dos Santos esteve envolvida no vazamento de dados fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao então candidato à presidência José Serra (PSDB). Entre os que tiveram sigilo quebrado, constam o vice-presidente tucano, Eduardo Jorge Caldas, e a própria filha de Serra, Verônica.

A quebra de sigilo foi encomendada pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior entre setembro e outubro do ano passado. Amaury pagou cerca de R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia para obter os dados. Na época, o jornalista era empregado do jornal “O Estado de Minas”, mas estava de férias. No retorno ao trabalho, Amaury pediu sua demissão.

O jornalista mineiro chegou a participar do grupo de inteligência da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT), o que gerou diversas acusações por parte dos tucanos, inferindo que a quebra de sigilo tratava-se de armação petista. Depois, especulou-se que os dados seriam para proteger o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Aécio negou ter qualquer conhecimento do caso. O PT também negou participação.

Embora sustente que a quebra de sigilo está esclarecida, a PF não conseguiu chegar a instrumentos legais que permitissem descobrir se há alguém acima de Amaury Ribeiro Júnior no plano de compra de dados fiscais sigilosos.

Fonte: UOL Notícias

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Secretário da Receita diz que seu futuro no cargo “a Deus pertence”

“O futuro a Deus pertence”, disse o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, sobre sua permanência no governo após os escândalos de quebra de sigilo na Receita. Ele, que inaugurou nesta sexta-feira (12) no Rio de Janeiro a primeira Delegacia Especial de Maiores Contribuintes (Demac) do país, evitou responder se a imagem do órgão foi arranhada, resumindo-se a comentar: “O momento eleitoral provocou essa onda midiática”.

O secretário argumentou que uma nova portaria publicada esta semana no “Diário Oficial” intensifica os mecanismos de defesa da Receita. Após sofrer críticas a respeito das regras de acesso a dados sigilosos de contribuintes, o órgão passou a impedir, a partir desta semana, que estagiários e servidores que estejam fazendo curso acadêmico tenham acesso a informações protegidas. Entretanto, a prerrogativa continua sendo permitida a funcionários do Serpro cedidos à Receita.

Entenda o caso
Uma servidora do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) lotada na agência da Receita Federal em Mauá (SP), Adeildda Ferreira dos Santos esteve envolvida no vazamento de dados fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao então candidato à presidência José Serra (PSDB). Entre os que tiveram sigilo quebrado, constam o vice-presidente tucano, Eduardo Jorge Caldas, e a própria filha de Serra, Verônica.

A quebra de sigilo foi encomendada pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior entre setembro e outubro do ano passado. Amaury pagou cerca de R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia para obter os dados. Na época, o jornalista era empregado do jornal “O Estado de Minas”, mas estava de férias. No retorno ao trabalho, Amaury pediu sua demissão.

O jornalista mineiro chegou a participar do grupo de inteligência da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT), o que gerou diversas acusações por parte dos tucanos, inferindo que a quebra de sigilo tratava-se de armação petista. Depois, especulou-se que os dados seriam para proteger o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Aécio negou ter qualquer conhecimento do caso. O PT também negou participação.

Embora sustente que a quebra de sigilo está esclarecida, a PF não conseguiu chegar a instrumentos legais que permitissem descobrir se há alguém acima de Amaury Ribeiro Júnior no plano de compra de dados fiscais sigilosos.

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