Superintendente de SP também é cotado para chefiar a Receita

Quarta-Feira, 05 de Agosto de 2009 | Versão Impressa

Adriana Fernandes e Renata Veríssimo, BRASÍLIA

Em viagem ao exterior, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda não conseguiu se livrar da pressão dos superintendentes da Receita Federal para interferirem na indicação do sucessor da ex-secretária Lina Maria Vieira. A bolsa de apostas continua e um novo nome passou a figurar nas opções: o do superintendente de São Paulo, Luiz Sérgio Fonseca.

O único movimento concreto, no entanto, ocorreu na semana passada. Em conversa com Mantega, um grupo de superintendentes sugeriu dois nomes de fora da Receita para substituir Lina: Paulo Nogueira Batista Júnior, representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), e Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O ministro não manifestou opinião, mas ontem teria uma conversa com Nogueira Batista, em Washington.

Antes de serem apresentados a Mantega, os nomes dos dois economistas foram discutidos e aprovados por cinco do dez superintendentes regionais da Receita, numa reunião na semana passada. Seria uma alternativa “neutra” para acabar com a disputa interna pela escolha do novo secretário. Mas eles não são unanimidade.

Segundo apurou a Agência Estado, Fonseca, que comanda a maior e mais importante região fiscal do País – responsável por 43% da arrecadação do governo federal -, é o preferido de outra parte dos superintendentes, que chegaram a ameaçar demissão logo após a saída de Lina. Os superintendentes são contrários à escolha do atual presidente do INSS, Valdir Simão, nome preferido do ministro Mantega.

O secretário-adjunto Otacílio Cartaxo está provisoriamente no cargo desde 15 de julho e, segundo fontes, conseguiu apaziguar as bases, apesar do clima de incertezas.

“Sete ou oito superintendentes ameaçaram pedir demissão, mas já voltaram a trabalhar, está tudo pacificado”, disse uma fonte que participa das negociações para a escolha do nome do novo secretário da Receita. A fonte ressalta que teria sido um “trauma” muito grande para o órgão se todos eles tivessem pedido demissão.

O secretário Cartaxo tem dito a interlocutores que sua interinidade será “curta” e não é candidato “a nada” na Receita. Cartaxo manteve, no entanto, como um dos seus auxiliares mais próximos o assessor especial de Lina Vieira, Alberto Amadei.

PREVIDÊNCIA

Para resolver o problema de atendimento aos contribuintes, o Ministério do Planejamento autorizou a contratação de 2 mil servidores do cargo de nível intermediário de assistente técnico-administrativo no Ministério da Fazenda. A maior parte dessas vagas é destinada à Receita. A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090805/not_imp413623,0.php

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Superintendente de SP também é cotado para chefiar a Receita

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Adriana Fernandes e Renata Veríssimo, BRASÍLIA

Em viagem ao exterior, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda não conseguiu se livrar da pressão dos superintendentes da Receita Federal para interferirem na indicação do sucessor da ex-secretária Lina Maria Vieira. A bolsa de apostas continua e um novo nome passou a figurar nas opções: o do superintendente de São Paulo, Luiz Sérgio Fonseca.

O único movimento concreto, no entanto, ocorreu na semana passada. Em conversa com Mantega, um grupo de superintendentes sugeriu dois nomes de fora da Receita para substituir Lina: Paulo Nogueira Batista Júnior, representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), e Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O ministro não manifestou opinião, mas ontem teria uma conversa com Nogueira Batista, em Washington.

Antes de serem apresentados a Mantega, os nomes dos dois economistas foram discutidos e aprovados por cinco do dez superintendentes regionais da Receita, numa reunião na semana passada. Seria uma alternativa “neutra” para acabar com a disputa interna pela escolha do novo secretário. Mas eles não são unanimidade.

Segundo apurou a Agência Estado, Fonseca, que comanda a maior e mais importante região fiscal do País – responsável por 43% da arrecadação do governo federal -, é o preferido de outra parte dos superintendentes, que chegaram a ameaçar demissão logo após a saída de Lina. Os superintendentes são contrários à escolha do atual presidente do INSS, Valdir Simão, nome preferido do ministro Mantega.

O secretário-adjunto Otacílio Cartaxo está provisoriamente no cargo desde 15 de julho e, segundo fontes, conseguiu apaziguar as bases, apesar do clima de incertezas.

“Sete ou oito superintendentes ameaçaram pedir demissão, mas já voltaram a trabalhar, está tudo pacificado”, disse uma fonte que participa das negociações para a escolha do nome do novo secretário da Receita. A fonte ressalta que teria sido um “trauma” muito grande para o órgão se todos eles tivessem pedido demissão.

O secretário Cartaxo tem dito a interlocutores que sua interinidade será “curta” e não é candidato “a nada” na Receita. Cartaxo manteve, no entanto, como um dos seus auxiliares mais próximos o assessor especial de Lina Vieira, Alberto Amadei.

PREVIDÊNCIA

Para resolver o problema de atendimento aos contribuintes, o Ministério do Planejamento autorizou a contratação de 2 mil servidores do cargo de nível intermediário de assistente técnico-administrativo no Ministério da Fazenda. A maior parte dessas vagas é destinada à Receita. A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.

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